
Título: O Lado Mais Sombrio
Autor(a): A. C. Howard
Editora: Novo Conceito
O Coelho Branco, o Chapeleiro Maluco, o Gato, a Lagarta, a Rainha de Copas... Todos eles estão de volta, e desta vez o assunto é sério. Alyssa precisa enfrentá-los para salvar as mulheres da sua família de uma terrível maldição. Neste romance fantástico e surpreendente, a realidade pode ser muito mais perturbadora do que os sonhos.
(sinopse retirada da quarta capa do livro; a original contém detalhes demais)
Em O Lado Mais Sombrio, encontramos a tataraneta de Alice, aquela do País das Maravilhas. Seu nome é Alyssa, e podemos perceber um padrão de nomes femininos com a letra A, visto que sua mãe se chama Alison, e sua avó, Alícia. O parâmetro de loucura também persegue os descendentes da inspiração para uma das maiores histórias infantis. Mas nem sempre tudo foram flores e o país das maravilhas não é tão maravilhoso assim.
Alyssa sofre por sua mãe ter sido internada, mas nem percebe o quanto tudo isso é importante para sua sobrevivência. E é um dia, em uma visita, que ela entende que tudo é real. Todos seus sonhos, as vozes, os insetos que sempre a rodeiam, e a bela mariposa que a rodeia.
Você pode curar sua família. Use a chave para levar seus tesouros para o meu mundo. Conserte os erros de Alice e quebre a maldição. Não pare até me encontrar.
Em um pedido precipitado, ela acaba carregando para o País das Maravilhas seu melhor amigo e amor secreto, Jeb.
Quando ela finalmente segue para o lugar de onde sua tataravó retratou o mundo mágico que passou uma eternidade em poucos minutos que se perdeu na toca do coelho. Só que algo está errado. Os personagens são os mesmos, mas a aparência deles é medonha. Será que eles sempre foram assim ou é apenas algo de sua imaginação?
Alice deixou perturbações em nosso mundo que só você pode reparar.
Chegando lá, Alyssa descobre que a mariposa é Morfeu, um belo rapaz, que a faz esquecer de tudo e acreditar em cada palavra que ele diz. E algumas provas estão no meio do caminho para a libertação da maldição que cai sobre todas as mulheres descendentes de Alice. Mas nem tudo é o que os olhos mostram, e a razão vai ser deixada de lado e a emoção é quem vai comandar tudo.
Será que Alyssa conseguirá libertar sua mãe de toda aquela “loucura”? Acima de tudo, será que ela própria conseguiria se livrar?
Silêncio. É. Felicidade.
A.G. Howard tem uma escrita de deliciosa leitura, cativando minha atenção desde as primeiras palavras. O fato de ela retratar o mundo encontrado no País das Maravilhas de forma tão humana, tão real e menos fantasiosa, fez com que eu me apaixonasse ainda mais. Ela soube dosar magia com os pés no chão, ligando a estrada que há entre a infância e o ser adulto.
Eu torci o livro inteiro para que Jeb se tocasse e percebesse que o verdadeiro amor de sua vida era Alyssa, e que ela chegasse nele logo u.u , rs. E não vou dar spoiler sobre o que aconteceu, porque aí seria muita maldade, rs.
O livro tem um final fechado, então creio que as continuações sejam específicas sobre os personagens que se encontram na capa, da perspectiva de cada um.

A narrativa se dá em primeira pessoa e conhecemos, em primeira mão, os trejeitos de Alyssa lidando com a “doença” da mãe, o amor platônico por seu melhor amigo e uma paixão inexplicável pela mariposa que aparece, tanto em seus sonhos, quanto na vida real.
Não sei o que achar da capa e até agora é um misto de “poderia ter sido melhor” com “tá menos pior que muitas que vi por aí”. Mas pelo menos eles mantiveram a original, cujas poucas variações são na cor e na fonte do título. As folhas são de papel pólen. Só Deus sabe o quão feliz eu fiquei em perceber isso *o* . É um milagre, visto que a Novo Conceito sempre usa um de menor qualidade, para “baratificar” (inventei palavra mesmo) a venda deles.
A diagramação interna é uma beleza à parte, como vocês podem confirmar na foto abaixo (tirada por esta lindeza que vos fala, rs).
Só sei que amei, amei e amei. E agora tô curiosa para saber como será o segundo. Tenho alguns palpites, mas vamos aguardar para ver!