
Título: Síndrome Psíquica GraveLeigh Nolan tem 18 anos e começa o seu primeiro semestre na Universidade de Stiles, uma pequena universidade bem aconchegante que aparentemente todos os alunos aparentam estar preocupados com a pós graduação. Contra todas as probabilidades e os desejos de seus país, Leigh decide seguir a carreira de Psicologia.
Autor(a): Alicia Thompson
Editora: Galera Record
Nº de páginas: 336
Nota:
A Paciente, Leigh Nolan (essa sou eu), começou seu primeiro ano na Universidade de Stiles. Ela decidiu se formar em psicologia (apesar de seus pais preferirem que ela estudasse tarô, não Manchas de Rorschach).
A Paciente tem a tendência a analisar demais as coisas, especialmente quando isso envolve o sexo oposto. Exemplo: por que Andrew, seu namorado de mais de um ano, nunca a convida para passar a noite com ele e dar o próximo passo no relacionamento — leia-se transar? E por que ela passou a ter sonhos eróticos com Nathan, o colega de quarto de Andrew que tanto a odeia?
Fatos agravantes incluem: outros alunos de psicologia supercompetitivos, uma professora que precisa urgentemente de análise e uma colegial que acha que a Paciente é, em uma palavra, ingênua.
Chegando a Stiles com esse clima onde os estudantes estão trinta passos a frente de seu presente, Leigh tem que se acostumar àquele novo mundo, e não está nem um pouco preocupada em pensar em algo que ainda está tão distante de acontecer. Conseguir passar em Introdução à Psicologia é o seu maior problema, por que ficar se atormentando com algo que está tão distante quando ela tem problemas no presente, como o seu namorado. É, aquele que não está nem aí para a Leigh.
Andrew namora Leigh desde o ensino médio, e também estuda em Stiles, só que cursando Filosofia. É o sonho de todo casal apaixonado! Estudar na mesma faculdade podendo, assim, passar mais tempo e pensar em um futuro juntos. Só que não é bem nesse patamar que se encontram. Andrew não tem tempo para a namorar, principalmente por estar focado exclusivamente em sua carreira. Até aí é compreensível, se não fosse por Andrew não demonstrar interesse em seguir com o relacionamento enquanto Leigh nutre expectativas.
E Leigh não é a única tendo problemas em seu relacionamento (mesmo que ainda meio tolinha por não reparar). Nathan, o colega de quarto de Andrew, parece odiar Leigh, mas isso deve ser normal nessa Universidade, pois a sua própria companheira, a sincera Ami, também parece odiar Andrew sem um motivo declarado. Falando em odiar, Leigh tem uma rival em sua turma de Introdução à Psicologia, Ellen. Como toda inimiga, ela odeia a nossa protagonista simplesmente por querer odiar alguém. Ela é o tipo de pessoa que quer estar sempre por cima e não mede esforços para ver os outros, principalmente Leigh, se darem mal, ainda mais se isso significa que ela vai conseguir o que almeja.
Achando que ela se encontra distante da meta principal de todos os alunos da Stiles, uma das professoras de Leigh a inscreve em um programa de orientação para sua monografia numa escola da região, onde ela tem que auxiliar meninas com coisas relacionadas ao cotidiano dos adolescentes, como por exemplo, conversar sobre gravidez na adolescência e outros assuntos. Para quem tem poucos problemas, o que é mais um né? #SarcamoAlerta
Com alguma magia incomum, Leigh desperta a antipatia da organizadora do programa, além de ter criado uma inimizade com uma das suas colegas que faz questão de fazer Leigh se sentir idiota, como se isso já não fosse bem fácil. Como uma boa futura psicologa, Leigh gosta de se auto analisar (isso me lembra Mia Thermopolis na época de suas carinhas terapeúticas), sendo que ela também analisa aqueles que estão ao seu redor. E é claro que isso não é nada bom, mas Leigh é uma garota incomum e está apenas no começo de sua jornada.
De New Adult esse livro tem muito pouco, ele está bem mais para um Chick Lit, graças a Alicia Thompson que conseguiu criar uma história divertida por trás de alguns temas bem sérios. Alicia foi bem sagaz colocando Leigh em várias situações que faz o leitor ficar curioso em descobrir como a nossa protagonista sairá daquela situação.
Alicia acertou com a protagonista. Por ser um livro em primeira pessoa, o autor precisa ter muita confiança com o seu personagem líder, pois ele será a razão principal para o leitor querer acompanhar a história. E Leigh não foi a única personagem muito bem construída. Isso ocorre com todos os personagens. Infelizmente, nem todos eles tiveram histórias paralelas para serem construídas a parte do universo de Leigh.
O livro tem uma ótima construção romântica, mesmo não sendo este o foco principal da história. O grande foco é o processo de amadurecimento da adolescente Leigh para a futura mulher que ela se tornará, mas isso não quer dizer que Alicia não soube aproveitar bem da comédia e do romance.
Na minha opinião, o final ficou corrido e algumas atitudes da Leigh me fizeram entortar os lábios. Parecia que tudo estava encaminhado para um final, vamos dizer, positivo, e a protagonista arruinou tudo, e não nego a minha revolta. Ela podia ter tido o seu final feliz, mas ela preferiu recuar. Quem é que faria isso em seu lugar?
A Galera Record caprichou nesse livro. A capa é linda e dá um particular charme a sua estante. A tradução está excelente, infelizmente não posso dizer o mesmo sobre a revisão que deixou um pouco a desejar.
Síndrome Psíquica Grave é uma leitura agradável, divertida e te leva a pensar em vários momentos. Gostei e recomendo para todos que aprenciam uma história de amadurecimento regada de romance e ótimas tiradas cômicas.