Título: Cinderela Pop
Autor(a): Paula Pimenta
Editora: Galera Record
Nº de páginas: 156
Onde comprar:Submarino | Americanas | Fnac
Nota:
Nesta versão estendida do super conto de Paula Pimenta no Livro das Princesas, Cinderela é reinventada. Cintia é uma princesa dos dias atuais: antenada, com opiniões próprias, decidida e adora música! Mas a garota vê seu cotidiano virar de cabeça para baixo depois da separação dos pais: vai morar com a tia, se afasta do pai e, principalmente, deixa de acreditar no amor. Até que um encontro inesperado e revelador a faz rever as próprias escolhas – havia mesmo um belo príncipe em sua história, e tudo que ele mais queria era descongelar o coração da nossa gata (nada) borralheira!
Qando Paula Pimenta colocou a tiarinha de princesa na cabeça pra divulgar O Livro das Princesas, os contos de fada se apossaram de sua mente e ela resolveu escrever vários. Na antologia, ela escreveu o conto Princesa Pop, que deu origem a esse livro. Mas antes dele veio Princesa Adormecida, uma releitura
Pois bem, eu não sei por que cargas d'água fiquei animada pra ler Cinderela Pop. Ok que curti o conto e o primeiro livro, mas, racionalmente falando, é a mesma história, com as mesmas cenas e falas e algum plus a mais.
Numa releitura bem contextualizada de Cinderela, Paula nos apresenta a Cíntia, uma DJ adolescente que se fechou para romances depois da separação dos pais. Da forma mais inusitada, ela conhece um Fredy Prince, um cantor famoso entre as adolescentes, mas precisa fugir do local correndo e não percebe que um dos pés de seu All Star ficou fora da mochila. Quando ele tentar descobrir quem é a garota que agiu diferente de todas as outras que ele conheceu, muitas coisas acontecem até eles se encontrarem.
No meio disso tudo, claro que tem madrasta má, "irmãs" que enchem o saco e muita reviravolta. O pai da Cíntia é um palerma, daqueles que a gente tem vontade de pegar pelos cabelos e socar a cara na parede. A madrasta cumpre bem seu papel de vilã e deixa a gente morrendo de ódio. E as adaptações da história pra modernidade ficaram ótimas!
Eu li com olhos de adolescente, e esse olhar me fez suspirar e me encantar como se eu estivesse no ensino médio. A escrita da Paula é boa, a história mora nos nossos corações, não tem como dar errado essa combinação. A narrativa em 1ª pessoa foi uma ótima opção pra nos ajudar a mergulhar nos sentimentos de Cintia; me apaixonei, senti raiva da madrasta, fiquei grata à fada madrinha... Além de ser envolvente, é curtinho, então li que nem percebi as páginas passarem.
Minha opinião é praticamente a mesma do que escrevi lá na resenha de O Livro das Princesas. Eu só esperava que essa versão estendida trouxesse novidades que valessem a pena a edição de um novo livro. Não foi isso que eu vi. Temos poucas coisas a mais, e a melhor delas é uma entrevista do Fredy, ou melhor, a maneira como ela foi feita. Além de podermos conhecer um pouco mais, Paula valorizou o trabalho do blogueiro. Estrelinha dourada pra ela!
O conto é o maior dos 4 na antologia, então por aí você já imagina que ele estava bem completo. Os mesmos 13 capítulos são enchidos com mais 50 páginas e um epílogo, sendo que a diagramação ajuda muito nesse aumento. A fonte é grande, e quando tem algo que complementa a narrativa (notas de jornal, status no Facebook, pôster de show) o espaço é preenchido com um layout diferenciado. A capa ficou muito escura, e eu até entendo o porquê, mas ainda assim preferia outro esquema de cores.
E a pergunta que não quer calar: vale a pena? Desde que você não leia os 2, vale sim (recomendo ler o livro e pular o conto). E também se você for daquelas românticas incorrigíveis que adoram um conto de fadas ou releitura. O livro tem um público-alvo bem definido e vai vender bastante por causa da autora e do tema princesa. Agora, se você não se encaixar no que eu disse acima, pense duas vezes antes de se arriscar.