
Título: A 5ª Onda (A 5ª Onda #1)
Autor(a): Rick Yancey
Editora: Fundamento
Nº de páginas: 368
Onde comprar:Submarino | Saraiva | Americanas | Cultura
Nota:
Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra atacar.
De vez em quando é bom sair da caixinha e tentar algo novo. Às vezes a gente se decepciona, mas em outras somos positivamente surpreendidos. A 5ª Onda me deixou num meio termo que só vai ser definido nos próximos volumes.
Sinceramente, prefiro não te dar muitas dicas sobre o que acontece no livro. A sinopse já dá uma pincelada no assunto, e acho que vai ser legal você ter uma experiência de leitura parecida com a minha, com poucas informações.sobre a trama e os personagens. Só te adianto que é uma ficção científica com ETs, muitas mortes e luta constante pela sobrevivência.
Talvez eu seja a última, mas sou a última que ainda está de pé. Eu sou a que vou mostrar o rosto para o caçador sem rosto na floresta junto a uma rodovia abandonada. Eu sou aquele que não vai fugir, não vai ficar, mas vai enfrentar.
Porque, se eu for a última, então eu sou a Humanidade.
E se essa for a última guerra da Humanidade, então eu sou o campo de batalha.
Mas então o que me deixou na dúvida se gostei ou não? Começa que sou uma pessoa um tanto confusa e esse não é um gênero literário ao qual estou acostumada. Mas vamos por partes, pra eu tentar te explicar e você tentar acompanhar meu raciocínio.
Primeiro... Ora era viciante, ora era arrastado. Tinha partes em que eu ficava com raiva por ter que parar, mas outras eu lia tão por alto que chegava a dar sono. Isso tem um pouco a ver com o tópico 2, mas principalmente com o romance que não sei por que o pessoal insiste em colocar. O que poderia servir pra criar mais um vínculo e deixar a personagem mais confusa, acabou virando motivo de uma grande variação de ânimo durante a leitura.
Segundo... Tenho um problema sério com séries/trilogias que terminam sem terminar. Sempre cito o exemplo de Harry Potter, que apesar de ter 7 livros consegue fechar cada um deles com sua própria história. A 5ª Onda parece ser só a primeira parte do todo, sem aquela preocupação de dar respostas e fechar um ciclo. Eu achando que tinha perdido alguma informação importante em uma dessas lidas en passant, aí fui perguntar a um amigo que leu e ele confirmou que não teve mesmo a resposta que eu procurava. Minhas carambolas! Custa saciar um pouquinho o leitor e revelar algumas coisas deixando pontas soltas pros próximos?
Terceiro... Confusão mental define minha sensação com a narrativa, especialmente no final. Ele tem algumas partes, e no começo estava dividido que em cada uma havia um tipo de narração - primeira pessoa na voz de Cassie, primeira pessoa na voz de Zumbi, terceira pessoa. O problema é que chegou uma hora em que de um capítulo pro outro a voz mudava e não havia marcação, então eu começava a ler linda e bela achando que era um personagem narrando e depois que eu virava a página descobria que era outro. Joinha pra mim, que sou super atenta, e pro tio que não colocou um aviso pra leitora com probleminhas.
E por falar em probleminhas... O autor teve o cuidado de, já no epílogo, apresentar algo importante, mas a mané aqui só lembrou desse detalhe lá no final. Quando me liguei, quis socar a cabeça na parede por não ter percebido/entendido antes.
O que estão fazendo conosco é assassinato. Um assassinato muito lento, muito cruel... estão nos matando de nossas almas para fora, e me lembro das palavras do comandante: "Não se trata de destruir nossa capacidade de lutar, mas sim de destruir nossa vontade de lutar."
A história me pareceu uma mistura de Independence Day com A Hospedeira - outro que li nessa de sair da zona de conforto e gostei, apesar de ser um calhamaço que poderia ser reduzido pela metade
E já que o assunto foi pro cinema, estou já doida pra estreia da adaptação de A 5ª Onda. Em janeiro será lançado nos EUA, mas a gente só poderá conferir no dia 4 de fevereiro, então segure o forninho até lá e corra pra ler logo. Por aqui já rola aquela vontade de ler O Mar Infinito, lançado esse ano, mas ao mesmo tempo bate aquele medinho de demorar a vir The Last Star. Como lidar?
Sem conseguir definir se gostei ou não, decidi dar 4 estrelas justamente pelo questionamento e reflexão. O livro discute a questão da humanidade. Como as pessoas se comportam em situações extremas, como o instinto de sobrevivência age em cada um, como crianças se adaptam ao serem expostas a uma realidade totalmente diferente. E devo confessar que essa questão das crianças mexeu muito comigo.
Como livrar a Terra de seres humanos? Livre os seres humanos de seu senso de humanidade.
Se o autor foi capaz de despertar a curiosidade e manter a vontade de chegar ao final em uma leitora que não costuma ler o gênero, algum crédito ele merece, né? Mas vai na fé que o livro tem nota 4,4 no Skoob e 4,16 no Goodreads.