Título: Blasfêmia
Autor(a): Pathy dos Reis, Maria Carolina Passos
Editora: Leya
Nº de páginas: 272
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Nota:
Recém-divorciada e sem emprego, Claire decide aceitar o convite do amigo de infância para trabalhar na redação do pequeno jornal de Salina, cidade natal que não visitava há muitos anos.
Ainda na estrada, contudo, uma notícia no rádio a pega de surpresa: um rapaz de apenas 17 anos é encontrado morto em Salina, e uma informação sobre seu estado traz à tona lembranças do assassinato do irmão de Claire. Ocorrido há mais de uma década, o caso não solucionado marcou a população local para sempre.
Determinada a obter as respostas que nunca conseguiu, Claire mergulha em uma investigação que irá forçá-la a reencontrar velhas amizades, revisitar traumas antigos e enfrentar novas ameaças.
Após seu irmão ser cruelmente assassinado, Claire abandona Salina, sua cidade natal, para tentar recomeçar em outro lugar. Doze anos depois, agora divorciada e desempregada, ela decide voltar para sua casa em Salina e trabalhar no pequeno jornal de seu melhor amigo. Mas já no caminho de casa ouve no rádio que houve mais um assassinado parecido com o do seu irmão.
Em vez de a notícia assustá-la, o assassinato dá à Claire uma nova motivação, deixando-a mais que convencida a investigar com seus próprios recursos, descobrir quem é o assassino cruel de Salina e se certificar de que dessa vez ele não sair impune.
Quando fiquei sabendo do lançamento desse livro fiquei bem curiosa. Gostei da proposta suspense/policial, gênero que adoro, e por ser nacional eu tinha de conferir.
O livro foi escrito por duas autoras: Maria Carolina Passos e Pathy dos Reis (que eu já conhecia do YouTube). Com narração em terceira pessoa e escrito de maneira simples, eu diria que as duas formaram uma ótima dupla, apesar de achar que alguns personagens secundários mereciam um desenvolvimento mais aprofundado.
Gostei da forma como o fanatismo em relação à religião é abordado, principalmente em uma cidade pequena; às vezes a fé vira uma obsessão e acaba nos cegando para a realidade. Demorei um pouco para pegar o ritmo na leitura, pois em alguns pontos a narrativa ficou um pouco cansativa e arrastada, mas, quando a ação toda começa, tudo fica muito mais intenso e chocante.
Fiquei bem intrigada com o caminho que as autoras escolheram para a história e mal cabia em mim a curiosidade de descobrir o que realmente estava acontecendo em Salina. O desfecho foi totalmente inesperado!
Para ela, eram as pessoas que personificavam Deus e o diabo, o bem e o mal. Alguns, ao saborearem o mal, gostavam. Gostavam a ponto de não conseguirem retroceder. Era mesmo um mundo doentio, como diziam. As pessoas eram a doença do mundo.
Se você esta à procura de um suspense/policial diferenciado e intenso, repleto de manipulação e crueldade, eu recomendo Blasfêmia. Tenho certeza de que vocês irão se divertir tentando desvendar os mistérios da pequena cidade de Salina.