
Título: Tabuleiro dos Deuses (A Era de X #1)
Autor(a): Richelle Mead
Editora: Editora Paralela
Nº de páginas: 424
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Nota:
Justin March, um investigador de religiões charmoso e traiçoeiro, volta para a República Unida da América do Norte (RANU), após um misterioso exílio. Sua missão é encontrar os responsáveis por uma série de assassinatos relacionados com seitas clandestinas. Sua guarda-costas, Mae Koskinen, é linda, mas fatal. Membro da tropa de elite do exército, ela irá acompanhar e proteger Justin nessa caçada. Aos poucos, os dois descobrem que humanos são meras peças no tabuleiro de poderes inimagináveis.
A principal dificuldade de resenhar o primeiro livro de uma série da autora, é saber como resumir o universo criado por ela sem escrever inúmeros parágrafos.
Nesse ambiente distópico, descobrimos que uma sucessão de guerras dizimou a sociedade. O vírus mefistóteles, assim como problemas religiosos e culturais, mudou tudo o que conhecemos. A Renovação foi a corrida para reerguer os países e restaurar a sociedade, mas quem saiu na frente foi a República Unida da América do Norte. Eles são fortes, rígidos e invasivos, mas não estar nessa sociedade significa viver à margem, de forma subdesenvolvida. O RANU é altamente desenvolvido e sua tecnologia vai da implementação de chips para controlar a sociedade, passando por um ambiente cheio de efeitos holográficos, à intervenção científica para criar uma elite de soldados super letais. Mae Koskinen é um desses super soldados e, após perder a cabeça em um velório, recebe uma 'missão castigo'. Ela precisa ir até a província do Panamá atrás do investigador Justin March, um ex-funcionário do governo que estava exilado, mas que recebe a missão de investigar uma série de assassinatos de cunho ritualísticos.
A RANU responsabilizava três coisas pelo Declínio: a manipulação biológica, a religião e o separatismo cultural.
Mae não esperava se envolver amorosamente com o agente, muito menos que fosse embarcar nessa busca perigosa. Os dois possuem personalidade fortes e são muito habilidosos naquilo que se propõem, ou seja, juntos formam uma dupla imbatível. Será que eles conseguirão desvendar o mistério?
Tabuleiro dos Deuses é um livro complexo, criativo e bem aterrorizante
Não dá para dizer que essa foi uma leitura que me pegou nas primeiras páginas. A autora vai apresentando os fatos aos poucos, então só mergulhei na história lá pro meio do livro. Mas não tem como negar que Richelle é a Richelle. Ela já escreveu séries para públicos distintos, mas li apenas Academia dos Vampiros, que tem uma pegada mais juvenil. Esse livro é bem mais adulto, com cenas sensuais mais descritivas, mas nada exagerado. Ou seja, a autora comprovou que é versátil, e esse é sempre um desafio quando eles mudam o público-alvo.
Me encantei com os protagonistas e mal posso esperar pela continuação, que saiu lá fora em 2014. Me instigou muito o fato de uma sociedade totalmente descrente precisar lidar com os deuses. Porém é difícil escolher aquilo que mais me envolveu. Tirando um o leve toque de fantasia, a história é muito humana.
Nós somos peças num tabuleiro, dr. March, e alguns de nós são mais poderosos que outros. Você. Eu. Ela. Somos nós que os deuses querem.