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Brilhantes - Marcus Sakey

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Título: Brilhantes (Brilhantes #1)
Autor(a): Marcus Sakey
Editora: Galera Record
Nº de páginas: 472
Onde comprar:Submarino | Saraiva | Americanas | Casas Bahia
Nota:

A partir de 1980, um por cento das crianças começou a apresentar sinais de inteligência avançada. Essa parcela da população, chamada de “brilhantes”, é vista com muita desconfiança pelo restante da humanidade, que teme a forma como esse dom será usado. Nick Cooper é um deles, um agente brilhante, treinado para identificar e capturar terroristas superdotados e levá-los para a custódia do governo. Seu último alvo está entre os mais perigosos que já enfrentou, um líder responsável pelo maior ataque terrorista dos últimos tempos e que pretende começar uma guerra civil. Mas para capturá-lo, Cooper precisa se infiltrar em seu mundo e ir contra a tudo o que acredita. Denominado pelo Chicago Sun-Times como o mestre do suspense moderno, Markus Sakey criou um universo ao mesmo tempo perturbador e incrivelmente semelhante ao nosso, onde um dom pode se tornar uma maldição.

Oúnico motivo pra essa resenha não começar com um sonoro palavrão é eu não ser dada a esse tipo de vocabulário. Mas que merecia, aaaaah, merecia! Acertei direitinho no alvo quando escolhi a primeira leitura de 2016.

Um 2013 um pouco diferente daquele que vivemos. Há 30 anos, 1 em cada 100 pessoas nasce com inteligência avançada. Se por um lado houve grandes avanços na medicina, engenharia e outras áreas, por outro a sociedade teme os superdotados, especialmente depois que um deles matou 73 pessoas num atentado terrorista. O medo se espalhou, a possibilidade de uma guerra civil tornou-se real, e agora o governo precisa antecipar possíveis ataques e agir pra evitá-los.

Nick Cooper é peça chave nesse plano, o melhor agente do departamento secreto. Ele é um brilhante que caça brilhantes, um dos homens de fé que o governo necessita, leal e letal. O pessoal e o profissional já se misturaram várias vezes, mas agora sua família se depara com uma ameaça real, e ele vai arriscar tudo pra proteger os seus e mudar de vez o rumo da história do terrorismo.

Os filhos precisavam de um mundo para crescer, um futuro digno deles, e até esse dia a luta de Cooper jamais acabaria. Enquanto houvesse uma guerra, ele estaria nela.

Não sou chegada a filme de ação porque tem barulho, me dá susto e eu não posso pegar spoiler facilmente. Mas, como livros são diferente, às vezes me permito essas aventuras (sim, eu fui e voltei na história várias vezes pra acalmar o coração e poder ler um pouco mais tranquila). E essa é a das exceções que penso "ainda bem que não deixei passar". Já tinha lido várias resenhas positivas sobre Brilhantes, passei por ele em todos as decisões de próxima leitura, mas só agora parei pra ver se era essa Coca-Cola toda. E era!

O livro é divido em três partes e começa com uma introdução pra te situar no enredo, apresentar os personagens e explicar causas e consequências da passagem de tempo. Depois a coisa engrena mesmo, e as partes 2 e 3 são bem rápidas, apenas alguns dias se passam até o final. É uma sucessão de construções e desconstruções; quando você acha que está indo pra um caminho, segue outro, te dá novas pistas e as coisas voltam a ficar meio nubladas.

Não é uma calmaria com clímax no final, são muitas as cenas de ação em todo o livro. É o tempo de você respirar, ler com calma, formular suas hipóteses e já encarar outras páginas de respiração presa e coração acelerado. E nessas pausas de tensão que você começa a enxergar os temas trabalhados no enredo.

Todo o esforço e sacrifício de Cooper é justificado pelo amor aos filhos, a máxima "eu prefiro sofrer a vê-los sofrendo". E em sua trajetória vemos como ele é um homem que honra seu dever e se dedica de corpo e alma à missão em que acredita. Mas, se você pensa que ele é um mocinho cheio de virtudes, o livro te mostra que há sempre o outro lado da moeda, segredos escondidos que podem mudar tudo. Ninguém é totalmente bom ou mau.

Você não pode deter o futuro. Tudo que pode fazer é escolher um lado.

Acho que já deu pra perceber o quanto gostei e como o livro mexeu comigo. A sensação era bem parecida com a de estar lendo Dan Brown, e, se posso comparar com o cara que me fez gostar de leituras tensas e intrincadas, é porque realmente vale a pena.

A Galera inovou na capa, é diferente de todas as lançadas lá fora. Como nenhuma delas representa bem o livro, não me passa aquela sensação de preciso ler, fico com a brasileira mesmo, que tem significado e uma combinação de cores bonitinha rsrs. O exemplar físico é maior do que os outros livros da editora (do tamanho de Elena), acredito que devido ao número de páginas, ia ficar muito mais grosso se fosse no tamanho menor. Se bem que podiam ter economizado na diagramação, já que dava pra diminuir a fonte e o espaçamento da margem inferior. O importante é você saber que é confortável. Os poucos erros de revisão não conseguiram apagar o brilho do livro perdoem o trocadilho horrível.

Meu único consolo por ter demorado tanto a ler é que a espera pro próximo volume é menor. Galera, quando sai o próximo, pelamor?! E ainda tem a ansiedade pelo filme, já que alguns sites apontam a possibilidade de Jared Leto e Will Smith no elenco. Segura esse forninho!

Dizem que o jeito como o ano começa define o resto dele. Se for assim, vem que vem, 2016! Você tem tudo pra ser literariamente maravilhoso!

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