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Título: Ligeiramente Seduzidos (Os Bedwyns #4)
Autor(a): Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 288
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Nota:
Jovem, estonteante e nascida em berço de ouro. É apenas isso que Gervase Ashford, o conde de Rosthorn, enxerga em Morgan Bedwyn quando a conhece, num dos bailes da alta sociedade inglesa em Bruxelas.
Em circunstâncias normais, ele não olharia para ela duas vezes - prefere mulheres mais velhas e experientes. Porém, ao saber que Morgan é irmã de Wulfric Bedwyn, a quem Gervase culpa pelos nove anos que passou longe da Inglaterra, decide que ela é o instrumento perfeito para satisfazer seu desejo de vingança.
Mas Morgan, apesar de jovem e inocente, também é independente e voluntariosa e, assim que entende as intenções do conde, se prepara para virar o jogo e deixar claro que não se deixará manipular por ninguém.
Em Ligeiramente Seduzidos, quarto livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos brinda com mais uma história fascinante. Em uma trama repleta de traição e vingança, escândalo e sedução, ela mostra que o caminho para o amor pode ser difícil, mas que a recompensa faz cada passo valer a pena.
Morgan, a caçula dos Bedwyn e a única que não o nariz adunco característico da família, tinha acabado de debutar na sociedade londrina quando viajou para Bélgica com uma amiga. Sua intenção secreta era estar perto do local da guerra, e conseguiu, viveu de perto as emoções da Batalha de Waterloo. Foi durante esse período que conheceu Gervase, o conde de Rosthorn, um libertino que há 9 anos vive longe da Inglaterra, após ser condenado ao exílio por seu pai.
As circunstâncias que levaram Gervase à ruína ficam obscuras durante boa parte do livro, mas de uma coisa temos certeza: tem super a ver com Wulfric Bedwyn, o duque de Bewscastle. Eles nutrem ódio um pelo outro, e é o desejo de vingança que leva Gervase a cortejar a doce Morgan. A princípio ela percebe que tem algo estranho nos interesses de um homem bem mais velha por uma dama recém-apresentada à sociedade, mas o passar dos dias revelam um amigo bastante atencioso e um amante caloroso.
Morgan mostra que é uma Bedwyn quando se recusa a voltar para casa por motivos familiares e aproveita o tempo para cuidar dos feridos de guerra. Ela não gosta de ser considerada uma linda cabecinha que não pode ser preocupada com nada, pelo contrário, quer estar a par de tudo, inclusive do perigo. Mas não percebe que o maior perigo está o tempo todo ao seu lado.
A inocência de Morgan entrará em conflito com o desejo de vingança de Gervase. E só o perdão será capaz de desatar os nós que prendem todos às tristezas e rancores do passado.
Naquele momento, Gervase se deu conta de que ela era mesmo uma mulher por completo - uma mulher com um coração terno e com a força e a coragem necessárias para agir. Ele percebera, assim que a conhecera, que Lady Morgan não era uma mocinha afetada, mas agora tinha a prova irrefutável. Naquele dia, naquele momento, ela parecia mais linda do que em qualquer outra ocasião.
Seduzidos causou reações opostas em mim. Às vezes eu estava super envolvida nos fatos, outras me pegava meio entediada, lendo por alto e torcendo pra chegar algo emocionante. Gostei muito da primeira parte do livro que mesclou a ficção com fatos da derrota de Napoleão, misturando por um momento o romance de época com o romance histórico. Foi inteligente e interessante colocar as personalidades históricas como personagens do convívio de Morgan e Gervase. E o mais legal foi que Belogh não se preocupou com a batalha em si, mas sim com o sentimento de quem fica, tanto a despedida quanto a expectativa pelo retorno, e com todo o trabalho decorrente do confronto, pra cuidar de feridos e enterrar os mortos. Morgan me surpreendeu ao sair do alto de sua posição aristocrática e se igualar a cabos, soldados e pessoas normais que lutavam juntas com o mesmo objetivo.
Ela também foi muito madura pra sua idade, não apenas nessa questão da guerra, mas no próprio relacionamento. Cresceu praticamente sem os pais, tendo como referência o irmão, que é praticamente uma pedra de gelo. Ao mesmo tempo que entendia sua insegurança, tinha vontade de dar um sacode nela pra parar de graça e se permitir ser feliz.
Já Gervase, cara, não sei se qualquer outro homem teria agido diferente nos 9 anos de exílio e na oportunidade de vingança. Pelo menos ele assumiu, o tempo todo foi bem sincero quando confrontado. E teve atitudes que me surpreenderam, com muito menos orgulho do que o machismo da época ditava.
Ah! O livro aborda homossexualidade de uma forma sutil, e fiquei impressionada com esse assunto ter surgido num romance de época, já que era um tabu muito grande e quase não é visto na literatura.
Amei a modelo da capa, combina com a Morgan descrita no livro, bem melhor que a Freyja do livro anterior. E, já que tô comparando, não foi o melhor da série, mas também não foi tão decepcionante quanto o primeiro. E os irmãos todos aparecem nesse livro, bem mais do que nos outros, com papel importante na segunda parte da história.
Faltam 2 livros pra acabar a série. Apesar de continuar ansiosíssima pelo último, depois desse fiquei especialmente curiosa pelo próximo. Ai, que tortura essa espera!!!