
Título: Red Hill
Autor(a): Jamie McGuire
Editora: Verus
Nº de páginas: 350
Onde comprar:Saraiva
Nota:
Para Scarlet, cuidar de suas duas filhas sozinha significa que lutar pelo amanhã é uma batalha diária. Nathan tem uma mulher, mas não se lembra o que é estar apaixonado; a única coisa que faz a volta para casa valer a pena é sua filha Zoe. A maior preocupação de Miranda é saber se seu carro tem espaço suficiente para sua irmã e seus amigos irem viajar no fim de semana, escapando das provas finais da faculdade. Quando a notícia de uma epidemia mortal se espalha, essas pessoas comuns se deparam com situações extraordinárias e, de repente, seus destinos se misturam. Percebendo que não conseguiriam fugir do perigo, Scarlet, Nathan, e Miranda procuram desesperadamente por abrigo no mesmo rancho isolado, o Red Hill. Emoções estão à flor da pele quando novos e velhos relacionamentos são testados diante do terrível inimigo – um inimigo que já não se lembra mais o que é ser humano. O que acontece quando aquele por quem você morreria se transforma naquele que pode lhe destruir? Red Hill prende desde a primeira página e é impossível deixá-lo até o final surpreendente. Este é o melhor da autora Jamie McGuire!
Quando decidiram o livro do Clube desse mês, eu já torci o nariz. Zumbi, jura? Eu não curto fantasia, ia ser "obrigada" a ler o que não gostava? Mas sou milico, né? Missão dada é missão cumprida, e assim fiz. Em meio à minha recuperação, lá fui eu ler o ebook de Red Hill. Gostei da maneira como a história está explicada na sinopse, abrangendo os três narradores e a situação de maneira superficial. Não vou me prender ao resumo, então leiam, por favor.
Como já falei, não sou fã de zumbi. Não leio, não assisto, não me interesso. Acho que eu tinha uns 15 anos quando vi Madrugada dos Mortos, e essa foi a minha referência durante a leitura. Confesso que achei muito parecido, essa coisa de morder, morrer, virar zumbi, com fugas o tempo todo e divergências no grupo de sobreviventes.
As três histórias inicialmente são paralelas, mas acabam se cruzando de maneiras surpreendentes. A única coisa óbvia é a relação entre Scarlet e Miranda - o pai desta era chefe daquela -, mas ainda assim é algo bem superficial. No começo foi um pouco difícil de entender aonde aquelas histórias iriam chegar, mas com o passar dos capítulos as dicas que a autora deixou nos permitiu montar o quebra-cabeça.
A autora tentou explorar o relacionamento interpessoal e as consequências de viver no limite da emoção e na luta pela sobrevivência. Gosto da frase da sinopse que questiona o que você faria se a pessoa que você mais ama fosse justamente a que poderia te matar. Em situações extremas há espaço para questões éticas? Os julgamentos e decisões permanecem os mesmos ou são influenciados pelas novas circunstâncias? Foram vários questionamentos que os personagens fizeram e que me levaram a pensar também.
Por outro lado, algumas situações foram forçadas. Até cena de sexo teve! A autora se perdeu um pouco, acabou deixando brechas e não explorou todo o potencial que a história oferecia. Também achou soluções fáceis e clichês para alguns conflitos que poderiam render, sem desenvolver com a criatividade que a história merecia.
Falando nisso, não achei o enredo criativo, pelo contrário, a autora cita que as pessoas já vinham sendo avisadas em filmes, livros e séries que deveriam estocar comida e se preparar para um possível ataque, até sabiam como matar um zumbi. Acho que foi algo do tipo "pegando carona na criatividade dos outros".
Algumas descrições me entendiaram, principalmente porque não consegui visualizar o cenário, tanto que até rolou uma discussão sobre uma cena pra ver se alguém entendia o que e como tinha acontecido. Achei o começo chato, muita enrolação pra pouca ação, e quando tinha era tão rápido que não dava tempo de me empolgar.
A capa só me confundiu, não consegui encaixar aquela foto na história, mas é a mesma imagem da capa original. A revisão ficou boa, só me lembro de 1 erro.
Entre nós da Liga, os fãs de histórias de zumbi não acharam o livro tão bom que se torne memorável. Eu, do outro lado, acho a leitura dispensável. Termino com a frase que marcou nossa conversa sobre a leitura: "Red Hill é apocalipse zumbi para iniciantes".
O "Clube do Livro da Liga"é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Ninguém nunca irá nos entender, ainda bem.
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