
Título: As Virgens Suicidas
Autor(a): Jeffrey Eugenides
Editora: Companhia das Letras
Nº de páginas: 232
Onde comprar:Submarino | Saraiva | Americanas
Nota:
Num típico subúrbio dos Estados Unidos nos anos 1970, cinco irmãs adolescentes se matam em sequência e sem motivo plausível. A tragédia, ocorrida no seio de uma família que, em oposição aos efeitos já perceptíveis da revolução sexual, vive sob severas restrições morais e religiosas, é narrada pela voz coletiva e fascinada de um grupo de garotos da vizinhança. O coro lírico que então se forma ajuda a dar um tom sui generis a esta fábula da inocência perdida.
O título do livro já diz muito sobre a trama. Conhecemos a história das irmãs Lisbon, que se suicidaram em sequência na década de 70. Seus amigos, mesmo depois de anos desse terrível fato inexplicável ter acontecido, ainda permanecem perplexos e sem nenhuma resposta.
Filhas de um professor de matemática e de uma católica fervorosa, as meninas viviam praticamente trancadas em seu próprio mundinho, e tudo só piorou depois do suicídio de Cecília, a irmã mais nova (a primeira a se matar). O que era rigoroso se tornou ainda pior, estavam praticamente presas em sua própria casa.
Os meninos relembram os últimos anos das meninas Lisbon e tentam mais uma vez decifrar o porquê de elas terem tomado essa decisão tão radical de tirarem a própria vida, uma na sequência da outra.
O livro é narrado em terceira pessoa pelos amigos das irmãs Lisbon. Acompanhamos através dos olhos deles a família se acabando pouco a pouco, o que me deixou muito angustiada. Queria ter tido a oportunidade de ver um pouco toda essa situação pelo olhar das meninas e assim talvez encontrar mais respostas.
A narrativa é densa e contínua; quase não há diálogos, o que tornou a leitura extremamente arrastada e cansativa para mim, passei por um martírio para conseguir finalizar o livro. Mesmo com todas as ressalvas, o enredo é bom, tem uma história intrigante e misteriosa, mas confesso que fiquei meio frustrada, estava torcendo por um final mais bem amarrado, o que não aconteceu.
O livro já tem adaptação para o cinema e com certeza irei assistir, pois estou curiosa para ver como o livro foi adaptado.
Apesar de ter sido uma leitura difícil para mim, eu a recomendo para leitores que gostam de algo mais desconcertante e denso, talvez vocês se identifiquem mais com a escrita do autor do que eu.
Segurando o queixo da menina com delicadeza, o médico perguntou: "o que você está fazendo aqui, meu bem? Você nem tem idade para saber o quanto a vida pode se tornar ruim". E foi então que Cecilia forneceu oralmente aquilo que seria sua única forma de bilhete de suicídio (...): "'É obvio, doutor", ela disse, "você nunca foi uma menina de treze anos".