Vamos para mais uma desventura dos irmãos Baudelaire? SIIIIIM!
Após a morte do tio Monty, Violet, Klaus e Sunny são levados pelo senhor Poe para um novo tutor, nesse caso, uma tutora. O livro inicia no Cais Dâmocles, um porto que fica no Lago Lacrimoso onde os irmãos começam solitários, apesar de Poe estar lá.
E, o espaço além do cais, estava a bolha escura que era o Lago Lacrimoso, bolha colossal e negra, como se um monstro se erguesse acima dos três órfãos, projetando sobre eles uma sombra gigantesca.
O que acho bonito nos irmãos é que eles se apoiam o que ameniza a ausência dos pais e todas as situações que estão vivendo. Só que os órfãos não chegam em uma boa hora, já que a cidade está quase vazia devido a chegada do Furacão Hermano.
‘Estamos fora da temporada’, disse o taxista. ‘A cidade do Lago Lacrimoso é uma estação de veraneio, e na temporada isto aqui fica repleto. Nesta época, é tudo parado, não se vê uma vivalma. Para fazer amigos, vocês vão ter que esperar o tempo melhorar. Por falar nisso, o Furacão Hermano está sendo esperado na cidade para daqui a uma semana, por aí. Tratem de providenciar para que haja comida suficiente lá o alto na casa de vocês.
Assim como os outros, a responsável pela guarda dos irmãos Baudelaire não é uma parente diretiva, mas beeeeem distante.
Sua tia Josephine – na verdade, ela não é propriamente tia de vocês; é cunhada de sua prima em segundo grau, mas pediu que vocês a chamem de tia [...]
Tia Josephine mora no alto da montanha, beeeeeem isolada e para a surpresa/decepção dos órfãos ela é bem medrosa.
Ao olhar para seu novo lar, os três órfãos tiveram a impressão de que a casa inteira se agarrava ao morro como se ele fosse uma tábua de salvação.
Depois que o seu marido morreu quando foi morto por sanguessugas carnívoras , a nova tutora dos meninos matinha uma vida reclusa e cautelosa, a ponto de não usar o telefone, pois tinha medo de levar um choque ou tomar sopa fria, já que tinha medo que tudo explodisse quando ligasse o fogo.
‘Nunca preparo nada quente porque tenho medo de acender o fogão; ele pode explodir e pegar fogo. Fiz um caldo frio de pepinos.’
Tia Josephine também era uma amante da gramática. Para ela a gramática é uma das coisas mais importantes que existe. Apesar de ser tão estranha, ela tentava agradar, do jeito dela, os Baudelaire, e eles faziam um esforço para corresponder. Em alguns momentos da história tive um pouco de raiva da tia Josephine por conta das neuroses dela. Tanto é que Violet, Klaus e Sunny se mostravam mais maduros do que ela. Olha e devo dizer que esse livro foi da Sunny, viu? Violet e Klaus contribuíram muito, mas Sunny com seus quatro dentinhos arrasou. *palmas para a irmã caçula*
Mas está faltando uma pessoa nessa história, né? Pois é! Quem será, né? Nesse livro o conde Olaf vem fantasiado de Capitão Sham e para disfarçar mais ainda, ele veio com uma perna de pau para esconder a tatuagem em formato de olho e tentar enganar a todos, mas os Baudelaire que não são bestas nem nada, logo desmascaram o impostor.
Diante dela estava um homem alto e magro, com um gorro azul de marinheiro na cabeça e uma venda negra cobrindo o olho esquerdo[...]havia um grosso bloco de madeira no luar onde deveria estar sua perna esquerda [...].
Só que assim como nos outros livros, eu começo a perceber e possa ser que isso aconteça ou acontecia na época em que a história foi escrita uma resistência ou descrença no que as crianças falam, pois isso está presente nos três livros e com a tia Josephine não foi diferente. Mesmo as crianças a alertando do perigo e do disfarce do conde Olaf, a tutora acaba se encantando pelo capitão. A partir daí a trama está forma e começa uma história de desaparecimentos, uma carta escrita com mensagens secretas, reencontros bons e não tão bons assim, sanguessugas carnívoras e muitas aventuras no Lago Lacrimoso.
‘Esse é um dos riscos’, disse tia Josephine, ‘mas no Lago Lacrimoso há outro. Se você não esperar uma hora depois de comer, as sanguessugas do lago sentem o cheiro de comida em você e atacam.
Mas se você espera um final feliz, eu vou logo dizendo para tirar o seu cavalinho da chuva porque eu acho que esse não é o destino dos Baudelaire, afinal ainda temos mais dez livros para ser lidos e saber o que finalmente aconteceu.
Bem, não sei como será a próxima aventura, nem do destino dos Baudelaire (Mentira! Sei sim porque assisti na Netflix rsrs mas lá eles mudaram muitas coisas então não sei o que está no livro ou que eles colocaram), mas até agora o autor está seguindo a mesma receita: Baudelaire iniciam o livro só – Vão para um novo tutor – Aparece o conde Olaf disfarçado – Tem uma trama entre o tutor e o conde – Os Baudelaire estão só again. O autor ainda continua com conversas esclarecedoras com o leitor, solta alguns spoilers e assim vai.
A leitura continua bem rapidinha e em algumas partes do livro ainda tem diagramações do que encontraremos no capítulo. Por conta disso, estou pensando em até desistir de continuar a saga, maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas... A minha impressão do livro é aquela, né? QUERO SABER LOGO DO FIM! E confesso que fui a livraria para ler as últimas páginas do 13° e não entendi nada (foi triste).
O lago das sanguessugas (Desventuras em série #3) - Lemony Snicket
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192 páginas
Livro cedido pela editora
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